sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Crítica literária de receitas culinárias

Ao contrário do Luis Fernando Veríssimo, não boto os pés na cozinha apenas pra saber por que a comida atrasou. Eu me arrisco no perigoso esporte de pilotar um fogão, mesmo sem o talento culinário do cartunista e animador Lancast. Meu linguado ao molho de vinagre se tornou lendário, talvez porque eu, para dar um toque pessoal, comecei eliminando o vinagre. Como ainda me interesso por literatura, leio muitas receitas, avaliando o potencial, como diria algum acadêmico, de palatabilidade e os méritos literários ao mesmo tempo. Daí a pensar num novo gênero, a crítica literária de receitas, foi um passo.

Em geral o autor da receita mostra seu gênio ou inépcia no capítulo Modo de fazer. Mas topei com um sujeito que quebra a cara na lista dos ingredientes, numa receita de tortinha de morango. Onde devia constar dois ovos, está "duas unidades de ovos grandes". Onde devia constar a quantidade de farinha, está "o quanto baste de farinha". A mesma coisa sobre manteiga para untar as forminhas. Ora, vá ser pomposo assim na cozinha da Academia Brasileira de Letras.


Esse texto é de autoria do gaúcho Ernani Ssó, um cara que adora escrever sobre fantasmas e assombrações de uma forma muito bem humorada. Foi-me enviada pelo amigo Sérgio Fantini (http://www.familiafantini.com.br/) quando eu disse a ele que iria fazer um blog sobre o Quitandas de Minas, receitas de família e histórias.


Ah, e hoje à noite eu vou lá, encontrar com d. Henriqueta Lisboa, no Café da Travessa Livraria para o relançamento d' O Menino Poeta... o livro tá lindo, lindo e é um clássico da nossa literatura! Quer saber mais? Tão olha ai: http://www.editorapeiropolis.com.br.

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