quinta-feira, 30 de abril de 2009

Biscoito de polvilho e as coisas da família

Minha família, por todo lado sempre foi muito numerosa. Tenho tios que tiveram 15, 14, 12 filhos e por ser tão grande e cresce para tantos lados que a gente está sempre tendo boas surpresas.

Minha prima Elisa, filha única, e casada com um também filho único, para quebrar a sina resolveram ter 5 filhos. Todos eles já estão casados e a casa da Elisa vive cheia de netos. Cada um maior formosura, só vendo.

Outro dia, ela pegou o Quitandas de Minas, receitas de família e histórias e saiu distribuindo para os filhos.
A Aninha, casada com o Gustavo então, com livro nas mãos, resolveu experimentar a receita de Biscoito de Polvilho.

E ela achou estranho que entre os ingredientes aparece vinagre ou limão. Mas fez e me disse que os biscoitos duraram 5 minutos!!!!

A receita é essa ai. Você faz e depois me diz, se eles chegaram a esfriar, tá.





Biscoito de polvilho

½ kg de polvilho azedo
4 ovos
1 copo de água
2 colheres (café) de sal
1 copo de óleo
2 colheres (café) de suco de limão ou vinagre


Colocar o polvilho numa gamela. Escaldar com a água e o sal. Misturar bem, acrescentando o óleo, os ovos um a um e o suco de limão. Fazer os biscoitos usando um pano com o furo* e espremer diretamente no tabuleiro, que não precisa ser untado. Levar para assar até ficar bem seco. Se a massa ficar dura, acrescentar um pouco de água fria.

* Pano de mais ou menos 40 cm x 40 cm um orifício de 1 cm de diâmetro, por onde se espreme a massa, fazendo os biscoitos direto no tabuleiro.
Ô Aninha.. o vinagre é para o biscoito ficar bem crocante. Ficou, não ficou???

sexta-feira, 24 de abril de 2009

mais notícias sobre o Festival da Quitanda


Nessa altura do campeonato já fizeram suas inscrições para mais um Festival da Quitanda de Congonhas, e já estão pensando como decorar seus estandes, o que fazer para a quitanda ficar mais gostosa... surpresas nos aguardam, isso é seguro.


Porque, como nos outros anos, em 2009 também haverá premiação para a Quitanda mais saborosa e estande mais bonito.


Para não esquecer e agentar:


No sábado, a partir da 7 da noite: lançamento do livro Quitandas de Minas, receitas de família e histórias.


e no domingo, a partir de 9 h da manhã na Romaria - 9. Festival de Quitanda de Congonhas com muitas gostosuras.

Se você engorda com facilidade, ainda dá tempo de fazer um regimezinho... heheh o que não dá é perder esse festival de gostosuras, isto é, das melhores quitandas de Minas...



terça-feira, 21 de abril de 2009

um pouco mais sobre o café...


...E o dia 14 de abril é o DIA INTERNACIONAL DO CAFÉ e o mundo todo celebra afinal o café é apreciado mundo afora. Conhecido por aqui como pingado, média, carioca, curto, espresso, cappuccino, de acordo com as formas de preparo ou combinação com outros ingredientes, o café é consumido por nove entre dez brasileiros segundo dados da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).


Olha só o que essa maravilha nos proporciona:


Como alimento funcional e nutritivo, o café possui vitamina B e C, lipídios, aminoácidos, açucares; uma grande variedade de minerais, como potássio, cálcio, zinco, ferro, magnésio, sódio, ferro, manganês, além da cafeína que estimula a produção de alguns neurotransmissores relacionados ao bem-estar; o que explica o aumento do pique e disposição depois de alguns goles; tem propriedades antioxidantes, combate os radicais livres, previne doenças e a depressão, mantêm a saúde e melhora o desempenho na prática de esportes.


Tipos de Café e preparo

No mercado atual, há três diferentes tipos de café: os gourmet, os superiores e os tradicionais. A qualidade e sabor dependem diretamente do tipo de torra a qual o grão é submetido: os mais claros são mais ácidos, têm aroma suave e são menos amargos; os mais escuros são menos ácidos e têm sabor mais amargo.
A moagem também influencia na utilização do café: Os grãos mais finos são ideais para os filtros de papel e coador de pano, geralmente utilizados em casa; o grão médio é especial para o café expresso e a moagem mais grossa usada em cafeteira italiana.

A forma de preparo do café possui variantes culturais, mas é importante seguir algumas regras básicas para a obtenção de um bom café.


O café moído se deteriora facilmente, por isso, para conservação e em função do ar, umidade, calor e tempo, deve ser guardado em recipiente bem vedado e na geladeira.

Para preparo com filtro de papel ou pano, a água deve ser de preferência pura e filtrada para não alterar o sabor e nunca deve chegar a ferver. O pó deve ser espalhado uniformemente pelo coador e não precisa ser compactado. A regra básica é que quanto mais devagar você despejar a água, mais escuro fica o seu café. O coador deve ser lavado unicamente com água e nunca com detergente ou alvejante.



Para o café expresso, o melhor é que os grãos sejam moídos na hora. O café é preparado em uma máquina especial, em dose individual, que por pressão e faz a água alcançar a temperatura de 90º C, durante 25/30 segundos.


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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Santa Sophia Café...


Deu na revista VEJA Belo Horizonte: http://vejabrasil.abril.com.br/belo-horizonte/

Arquiteta de formação, a mineira Magda Dias Leite, natural de Congonhas, concebeu sua cafeteria como uma acolhedora casa do interior: em meio aos móveis de madeira rústica espalha-se o cheiro de café moído na hora. Casada com um produtor de café do cerrado mineiro, ela começou a se interessar pelo assunto há cerca de dez anos, quando descobriu-se apaixonada pela bebida, a ponto de desistir da bem-sucedida carreira como diretora de uma empresa de arquitetura.

Fez cursos de classificação, torrefação e degustação, formando-se barista. Os grãos servidos na loja vêm da fazenda própria, localizada em Carmo do Paranaíba. Chegam verdes e são torrados ali mesmo, numa moderna máquina alemã que fica à vista dos clientes, e depois descansam por 15 dias em local fechado, longe de luz e de oxigênio.

A qualidade é atestada pelo júri de VEJA Belo Horizonte, que concede à casa o título de melhor cafeteria da cidade. A equipe de baristas recebeu treinamento de Silvia Magalhães, duas vezes representante do Brasil no campeonato mundial de baristas.

O cardápio lista 33 combinações de bebidas com café, entre quentes e frias. Além do espresso comum, vale provar a versão com creme de avelã. Entre os destaques, o mocha (expresso, leite vaporizado e calda de chocolate em três camadas, servido na taça de vinho) e o café fondue (expresso, chocolate meio amargo, camada de morango e leite condensado).

Outro sucesso do cardápio é o café de coador, cujo ritual de preparo é feito na mesa, com um suporte individual criado por Magda e produzido com exclusividade para a loja. Serve, ainda, lanches, bufê self-service no almoço, com saladas e pratos quentes, bufê de café da manhã aos domingos e chá da tarde às quintas e sextas, das 17 às 19 horas.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Café na história

Ao se segurar uma xícara de café, tem-se a história nas mãos. Originário da Etiópia migrou para a Arábia nos anos 600, percorreu todo o Oriente Médio, chegando à Europa e às Américas.

Reza a lenda, que um velho pastor, percebendo suas cabras mais alegres e excitadas ao comerem “as cerejas” de certo arbusto resolveu ele também experimentar. Alguns botânicos afirmam que os etíopes foram os primeiros a ingerir os grãos, mastigando-os ao natural. Também era costume pisar as bagas e misturá-las à gordura e à carne animal, consumidos como poderoso e energético alimento.

Para o uso como bebida, por volta do século X, os grãos verdes passaram a ser macerados em água fria e, mais tarde, a ser fervidos. Depois, descobriu-se que o ato de secar os grãos fazia com que se mantivessem conservados por mais tempo.

Em 1475 surgiu, em Constantinopla, a primeira loja de café, conhecida como Kaveh Kanes. A partir do século XVII, várias casas foram abertas na Europa tornando-se famosas pelo luxo e suntuosidade, servindo de ponto de encontro para intelectuais e artistas. O café se espalhou pelo mundo graças à expansão do Islamismo e, em uma segunda fase, do desenvolvimento dos negócios proporcionado pelos descobrimentos.

Ao Brasil, chegou em 1727, trazido da Guiana Francesa pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, quando já possuía alto valor comercial no mundo. Devido às condições climáticas, se espalhou rapidamente pelos estados da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.


Num espaço de tempo relativamente curto, o café promoveu o desbravamento de florestas, possibilitou a ocupação de vales e montanhas, permitiu a fundação de cidades, mudou o perfil social dando origem a uma aristocracia - a dos Barões do Café -, definiu o um novo perfil étnico da nossa raça, mudou a política brasileira, definiu os alicerces da República e colocou o Brasil definitivamente no panorama comercial internacional. O café passou a ocupar a posição de produto-base da economia brasileira, transformando paisagens, a economia e a sociedade.

O café é rico como alimento e medicamento, é gerador de fortunas; é conhecido como fator de ruínas e diabólico elixir, como bebida divina, como edificador de impérios, e como moderno commoditie se revela na nova e talvez a mais definitiva etapa de seu processo evolutivo: O café se reinventa como produto de extremo bom gosto e ganha, assim, o status a que fez jus desde sua invenção.

Produção

Todo o processo de produção influem na qualidade do café. No Brasil, maior produtor mundial do café, o cultivo varia de acordo com qualidade de solo e clima e entre as diferenças entre as espécies plantadas: arábica (Coffea Arábica) e robusta ou conilon (Coffea Canephora), as mais conhecidas.

O arábica é um café mais fino, e produz uma bebida de qualidade superior, com o maior aroma e sabor. O robusta apresenta uma bebida com mais corpo a bebida e menos acidez; oferece um produto de menor custo.

Os frutos atingem o ponto máximo de maturação quando estão no ponto cereja, e devem ser colhidos sem que entrem em contato com a terra. Após a colheita, os grãos são lavados o mais rápido possível. Ai separa-se os frutos em diferentes fases de maturação (cereja, verde e seco). Depois de lavados, o café é secado no terreiro (ao sol) ou em secadores mecânicos e após secagem completa, o café passará pelo beneficiamento, onde serão novamente separados e classificados, ficando pronto para o comércio e a industrialização.

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Esse texto também foi escrito com a colaboração da minha amiga barista Magda Dias Leite. Um lugar super gostoso de degustar um café especial, em Belo Horizonte é o Santa Sophia Café. Você conhece? Se não, não sabe o que está perdendo....

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Rosquinhas da Quaresma

Como estamos em plena Semana Santa, deixo aqui a receita dessa saborosa Rosquinha.O nome Rosquinha da Quaresma se deve ao fato de que essa receita não leva ovos. Nessa época, me foi explicado pela Tia Imene, que faz deliciosas quitandas e bordados, e costuras, nessa época as galinhas põem menos ovos. Coisas da natureza! Elas, as galinhas, devem fazer jejum.. Será?


1 kg de farinha de trigo
1 garrafa de leite cru ou coalhada
2 pires de açúcar
1 pires de banha, ou gordura
1 colher (sopa) de sal amoníaco
Sal e cheiros


Modo de fazer:

Colocar a farinha numa gamela e deitar o sal amoníaco no meio. Derramar em seguida a gordura bem quente. Juntar os demais ingredientes e amassar. Fazer as rosquinhas e levar para assar em forno regular.
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Próximo post continuo falando de café. Boa Páscoa!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Quer combinação mais perfeita do que uma quitanda com um café novinho, passado na hora?



Café e Quitanda: casamento perfeito

Falar de café é falar das Minas Gerais e de suas tradições: dos terreiros de secagem depois da porta da cozinha, das brincadeiras de meninos entre os grãos, das sacas guardadas no escuro porão e, principalmente, das receitas de família registradas com esmero em livros passados de geração em geração.
Não há como resistir. Ao tomar um café acompanhado de um sequilho ou brevidade preparada por mães, avós ou tias, pode-se sentir o poder transformador desse momento mágico que trazem de volta o legítimo sabor da tradição, mesmo nos tempos atuais de pressa e ruidosa rotina.

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Esse texto é da minha querida Magda Dias Leite, hoje barista, proprietária do Santa Sophia Café. Magda é amiga desde a infância e, como eu, foi criada na casa da sua avó, d. Glicéria, que era amiga da minha avó e, como ela, professora. Estudamos juntas metade do 1º grau e todo o 2º grau, no Colégio Nossa Senra da Piedade e também no nosso primeiro ano de BH dividimos quarto na mesma pensão. Ela se formou arquiteta e eu bibliotecária. Depois fizemos outros caminhos... outras histórias.


Próximo post trago para você a história do café, texto da Magda como coautora ... é bastante interessante, muita coisa eu não sabia dessa história.

A foto foi feita por Pacelli Ribeiro para o Quitandas de MInas, receitas de família e histórias

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pereira da Viola encerrará o Festival da Quitanda de Congonhas - 17 de maio



José Rodrigues Pereira, o Pereira da Viola, nasceu na pequena comunidade de São Julião, no Vale do Mucuri em Minas Gerais. Ainda criança, acordava à noite ao som das folias que visitava a sua casa trazendo violas, sanfonas, caixas de folia e muita cantoria.

Pereira a infância cheia de sonoridade à convivência com outros artistas, como Décio Marques, Elomar, Rubinho do Vale, Titane, Paulinho Pedra Azul, Doroty Marques, Milton Edilberto e outros que o levaram a construir o seu próprio estilo de compor e interpretar, com sua viola bem tocada e sua voz singular.
Gravou seu primeiro disco em 1993 :Terra Boa, considerado pela crítica como uma obra prima da música de raiz; o 2º: Tawaraná e as portas para Pereira continuaram a se abrir. o 3º CD
Viola Cósmica é de 1998 e o 4º CD, Viola Ética tem participação de Inezita Barroso, Paulo Freire e Braz da Viola, mostrando mais uma vez que, sem dúvida alguma, "ele é da viola".
Pereira da Viola faz show encerrando o 9º Festival da Quitanda de Congonhas, domingo.