domingo, 15 de março de 2009

Goiabada e o tempo das goiabas...

Minha irmã Raquel lembrou hoje: - "quinta-feira, é dia 19 de março, dia das enchetes das goiabas, também aniversário do meu afilhado".

Fez lembrar que, quando criança, brincávamos no quintal da vovó Maria (mãe do meu pai) que dava os fundo para o Rio Maranhão, o rio que corta Congonhas. Naquele quintal, além das costumeiras brincadeiras de casinha, para as meninas; de futebol para os meninos, ou volei e esconde-esconde para ambos, o que mais fazíamos era atravessar todos os quintais - que eram divididos apenas com um ou dois fios de arame farpado - e "roubar frutas" dos vizinhos.

Vizinhos que eram tios de nós todos, ou comadres das nossas mães ou avós. Não havia como conter a meninada e as chamadas de atenção que recebíamos não abalava a amizade dos adultos. Era tudo muito normal e "roubar" frutas, voltar com a cabeça riscada por arame farpado fazia parte do nosso crescimento de crianças livres de interior.

Por ali, naqueles quintais, havia muitas goiabeiras, mangueiras, limoeiros, laranjeiras, figueiras e parreiras de uvas. Nessa época, já acabado o tempo das mangas, era o tempo das goiabadas e nos fartávamos.

Seguem duas receitas de goiabada. Ambas estão na página 160 do livro Quitandas de Minas, receitas de família e histórias.

Goiabada

2 kg de goiabas lavadas e limpas
800 g de açúcar

Modo de fazer:

Limpar as goiabas e cozinhar com o açúcar (não colocar água). Passar na peneira e levar novamente ao fogo, mexendo sempre até chegar ao ponto que deve ser tomado da seguinte maneira: tirar um pouco do doce na ponta de uma faca, deixar esfriar, bater nas costas da mão, se não pegar está bom. Despejar na caixeta forrada com papel manteiga.





Goiabada cascão (essa foi copiada do caderno da Dinha Lete)

6 kg de goiaba
3 kg de açúcar


Modo de fazer:

Lavar bem as goiabas e retirar os pontinhos pretos. Separar as cascas do miolo (que pode ser usado para fazer geléia). Colocar na panela as cascas e todo o açúcar. Mexer sempre por 2 horas de fervura em fogo baixo. Depois de quatro horas a massa fica consistente. Fazer o teste para saber o ponto.
Teste: Colocar um pouquinho do doce na água, retirar em seguida e fazer uma bolinha consistente.

3 comentários:

  1. NOOSSSA!!!!!! Você parece que advinha, essa é a sobremesa preferida de Lídia. E está me engordando
    só de olhar...rs,rs, Bjs

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  2. Oi Márcia, faltou você assinar o comentário. pois olha, ainda tenho dessa goiabada da foto aqui em casa... e tenho o queijo também, que é o acompanhante perfeito da goiabada: romeu e julieta! Seja bem-vinda! bjs, Rosaly

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  3. Oi Rosaly,

    olha eu dando uma passadinha rápida por aqui!

    Não tive o privilégio de uma infância no interior e cheia histórias, mas lendo foi como se estivesse lá vendo a farra de vocês
    parabéns.
    Da goiabada, sem comentário...rsrsrs
    Sucesso sempre

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