segunda-feira, 11 de abril de 2011

vendedoras de pão de ló de Debret

Jean Baptiste Debret, pintor, decorador, desenhista, gravador, cenógrafo, formou-se na Academia de Belas Artes de Paris, e após a queda de Napoleão, decide vir ao Brasil, integrado à Missão Artística Francesa, organizada por dom João VI. em 1816.

Como pintor oficial do Império, Debret desenhou a bandeira do Brasil com a cor verde e o losango amarelo que ainda permaneceram na bandeira. Além de pintar retratos da família real, como a tela em tamanho natural de D. João, o processo de independência do Brasil, a coroação e os primeiros anos do governo de Pedro I. Gostava de retratar o cotidiano brasileiro, atento às questões sociais e à maneira de vida do Primeiro Império.

Regressando à França em 1831, publicou em Paris, de 1834 a 1839, o livro Voyage Pitoresque et Historique au Brésil (Viagem pitoresca e histórica ao Brasil), uma série de gravuras sobre aspectos, paisagens e costumes do Brasil, de valor fundamental para nossa história do começo do séc. XIX, que mostra um colorido harmonioso, um painel do Rio de Janeiro, sendo um dos poucos registros dos usos e costumes do Brasil nos primeiros anos do século 18.

A imagem acima, chamada Vendedoras de Pão de Ló, Debret regista aspectos do cotidiano das escravas, ou quitandeiras, que comercializavam pão de ló, sonhos, manuês e produtos in natura, normalmente frutas da época e alimentos pronto, como angu com miúdos, carne de vaca e café aos trabalhadores que almoçavam nas ruas do Rio de Janeiro, nos tempos do Segundo Império e primeiros anos da República. Dai a tradição mineira de chamar QUITANDA as gostosuras feitas em casa e servidas á visitas, hóspedes ou mesmo vendidas .

3 comentários:

  1. Esse blog é muito 10! Sempre informações interessantes relacionadas à história da comida brasileira. Muito 10 mesmo! Fiquei fã. Parabéns!
    Judith

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  2. Rosely.
    Parabéns pelo blog! Muito prático e enriquecedor.
    Abraço!
    Marco Marra Miranda.

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