Originário do sudeste asiático, o inhame (Colocasia esculenta) é cultivado desde a antiguidade, e por suas propriedades medicinais, tido como sagrado pelos orientais e povos mais antigos. Foi trazido para o Brasil ainda no período colonial das ilhas de Cabo Verde e São Tomé, pelos navegadores portugueses.
Dependendo da região varia de nome: no nordeste o cará é conhecido como inhame; no Sudeste, o inhame é completamente diferente do cará. Pelo mundo afora a nomenclatura também varia: taro, taró (espanhol, alemão, francês, russo), sato-imô (japonês), toran (coréia), kalo (no Havaí), callaloo, coco ou coco-yam (na Polinésia), ñame ou otoe na América Central, albi, (na Índia), malanga ou yautia (no Caribe), por isso pesquisadores sugeriram que o inhame passe a ser denominado como taro, nome mais usado pelo mundo.
Alimento energético, rico em fibras e Vitaminas A, B, C; cálcio, ferro, fósforo, magnésio, amido, betacaroteno, o inhame tem grande poder depurativo, é desintoxicante e anti-inflamatório além de combater os radicais livres. Fortalece o sistema imunológico, fortificando os gânglios linfáticos, combatendo infecções e tumores. Por isso é recomendado no tratamento de diversas doenças, como reumatismo, artrite, ácido úrico, sinusites, pleurisias, nevralgias, neurites, eczemas, inflamações de hemorróidas, apendicites, viroses e micoses.
O inhame pode ser utilizado na forma de cataplasma para tratar furúnculos, abscessos, quistos sebáceos, verrugas, espinhas insistentes, para retirada de farpas ou cacos de vidro que entram nas mãos ou nos pés, porque ajuda na cicatrização de feridas, eczemas, espinhas e até auxiliar a reduzir o inchaço e a dor após fraturas ou queimaduras; dizem que até mesmo para cuidar de unha encravada, o danado é bom.
Foi durante muito tempo empregado no tratamento contra sífilis. Acredita-se, ainda hoje, que seja recomendado na prevenção de doenças como dengue, malária e febre amarela e porque tem fitoestrógenos, é indicado para aumentar a fertilidade em mulheres, no tratamento da tensão pré-menstrual e para amenizar os sintomas da menopausa, além de estimular a libido. Mas há quem conteste, cuidado! . De qualquer forma, por ser um alimento barato e que rende muito, vamos aproveitar, porque alimemto natural ainda é muito melhor que o alimento industrializado.
A receita a seguir é uma das dez receitas do mais autêntico pão de queijo mineiro do livro Quitandas de Minas:
Pão de queijo com inhame

6 inhames de tamanho médio e cozidos
3 xícaras de polvilho doce
3 xícaras de queijo-de-minas ralado
3 colheres (sopa) de margarina
2 colheres (sopa) de iogurte natural
1 pitada de sal
Modo de fazer:
Numa gamela, espremer o inhame ainda quente. Juntar os demais ingredientes, amassando bem até a massa ficar homogênea. Fazer os pãezinhos e levar para assar num tabuleiro untado com margarina, em forno médio por aproximadamente 30 minutos.
Não tem erro! Além de deliciosa é mais nutritiva!