terça-feira, 14 de abril de 2009

O Café na história

Ao se segurar uma xícara de café, tem-se a história nas mãos. Originário da Etiópia migrou para a Arábia nos anos 600, percorreu todo o Oriente Médio, chegando à Europa e às Américas.

Reza a lenda, que um velho pastor, percebendo suas cabras mais alegres e excitadas ao comerem “as cerejas” de certo arbusto resolveu ele também experimentar. Alguns botânicos afirmam que os etíopes foram os primeiros a ingerir os grãos, mastigando-os ao natural. Também era costume pisar as bagas e misturá-las à gordura e à carne animal, consumidos como poderoso e energético alimento.

Para o uso como bebida, por volta do século X, os grãos verdes passaram a ser macerados em água fria e, mais tarde, a ser fervidos. Depois, descobriu-se que o ato de secar os grãos fazia com que se mantivessem conservados por mais tempo.

Em 1475 surgiu, em Constantinopla, a primeira loja de café, conhecida como Kaveh Kanes. A partir do século XVII, várias casas foram abertas na Europa tornando-se famosas pelo luxo e suntuosidade, servindo de ponto de encontro para intelectuais e artistas. O café se espalhou pelo mundo graças à expansão do Islamismo e, em uma segunda fase, do desenvolvimento dos negócios proporcionado pelos descobrimentos.

Ao Brasil, chegou em 1727, trazido da Guiana Francesa pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, quando já possuía alto valor comercial no mundo. Devido às condições climáticas, se espalhou rapidamente pelos estados da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.


Num espaço de tempo relativamente curto, o café promoveu o desbravamento de florestas, possibilitou a ocupação de vales e montanhas, permitiu a fundação de cidades, mudou o perfil social dando origem a uma aristocracia - a dos Barões do Café -, definiu o um novo perfil étnico da nossa raça, mudou a política brasileira, definiu os alicerces da República e colocou o Brasil definitivamente no panorama comercial internacional. O café passou a ocupar a posição de produto-base da economia brasileira, transformando paisagens, a economia e a sociedade.

O café é rico como alimento e medicamento, é gerador de fortunas; é conhecido como fator de ruínas e diabólico elixir, como bebida divina, como edificador de impérios, e como moderno commoditie se revela na nova e talvez a mais definitiva etapa de seu processo evolutivo: O café se reinventa como produto de extremo bom gosto e ganha, assim, o status a que fez jus desde sua invenção.

Produção

Todo o processo de produção influem na qualidade do café. No Brasil, maior produtor mundial do café, o cultivo varia de acordo com qualidade de solo e clima e entre as diferenças entre as espécies plantadas: arábica (Coffea Arábica) e robusta ou conilon (Coffea Canephora), as mais conhecidas.

O arábica é um café mais fino, e produz uma bebida de qualidade superior, com o maior aroma e sabor. O robusta apresenta uma bebida com mais corpo a bebida e menos acidez; oferece um produto de menor custo.

Os frutos atingem o ponto máximo de maturação quando estão no ponto cereja, e devem ser colhidos sem que entrem em contato com a terra. Após a colheita, os grãos são lavados o mais rápido possível. Ai separa-se os frutos em diferentes fases de maturação (cereja, verde e seco). Depois de lavados, o café é secado no terreiro (ao sol) ou em secadores mecânicos e após secagem completa, o café passará pelo beneficiamento, onde serão novamente separados e classificados, ficando pronto para o comércio e a industrialização.

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Esse texto também foi escrito com a colaboração da minha amiga barista Magda Dias Leite. Um lugar super gostoso de degustar um café especial, em Belo Horizonte é o Santa Sophia Café. Você conhece? Se não, não sabe o que está perdendo....

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