Depois de criar o Jeca Tatu, um homem fraco, ignorante e doente como um representante da população rural e criticar o abandonado do homem do campo pelos poderes públicos no livro Urupês, em 1918 Monteiro Lobato, que se torna em 1924, amigo de Candido Fontoura, fabricante do Biotônico Fontoura resolve transformá-lo em garoto propaganda para reverter o quadro criando o personagem radiofônico Jeca Tatuzinho, que ensinava noções de higiene e saneamento às crianças e à população em geral.
O criador do Sítio do Pica-pau Amarelo recebia caixas e mais caixas do Biotônico Fontoura que conforme rótulo era: “proctetor da saúde – afamado remédio que produz força, vigor e robustez defendendo o organismo das enfermidades que se originam da fraqueza orgânica.”
Em sua casa, esse fortificante era misturado à gemada era dada a seus filhos regularmente, principalmente quando estavam doentes e também oferecido às visitar como se fosse um “licor maravilhoso” e ninguém desconfiava de nada.
Segue mais uma receita retirada do livro À mesa com Monteiro Lobato de Márcia Camargos e Vladimir Sacchetta organizado a partir do caderno de receitas de D. Purezinha, caderno vermelho que guardou as mais tradicionais receitas do interior do Brasil. E como estamos em maio, tempos de noivas e casamentos, vai ai um...
Espera –marido
1 litro de leite cru
3 copos de açúcar
2 claras
4 gemas
Canela para polvilhar
Numa vasilha, misturar o leite com o açúcar. Bater as claras em neve e juntar as gemas , batendo um pouco mais. Despejar os ovos batidos sobre o leite adoçado e levar ao fogo brando. Deixar no fogo até engrossar, sem mexer. Quando engrossar, tirar do fogo e deixar esfriar. Polvilhar com canela.
Fórmulas de encantar do saber ao saborear. Como pode ser tanto e tantas? Grande bobagem só esta coisa de marido, há tanto de bom na vida para esperar, amores, amantes...
ResponderExcluirô Flavia, Espera-marido é um docinho as antigas, pra quem não tinha outra coisa a fazer: os maridos saiam pra trabalhar, as mulheres esperavam-os voltar, enquanto isso, inventavam gostosuras... Só isso. Os tempos são outros, vale a curiosidade!
ResponderExcluirHummm... Mas há outras formas criativas de esperar o marido e até a esposa? Papéis inversos em tempo pós.
ResponderExcluirDesculpa, baixou a feminista. É delícia alguém fazer "gostosuras" para nos esperar, afinal, como diz a moça do livro, o amor se faz na cozinha ou lá começa... Mulheres modernas e quitandeiras, como Rosaly, rendo-lhes homenagens de joelhos! Bjs linda!
Eu já fiz essa receita!
ResponderExcluirO marido, que na época era noivo, gostou muito!
Abração!