Araruta
A araruta ou maranta (Maranta arundinacea) é uma planta arbustiva originária da América tropical, cultivada há pelo menos 7000 anos. Conhecida também como agutingue-pé, araruta-caixulta, araruta comum, araruta-palmeira e embiri, suas folhas têm forma de lanças, peludas na parte inferior. As flores são brancas e pequenas. Nascem solitárias ou em panículas terminais e o fruto contém sementes rugosas, de cor vermelho-pálida.
Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais. Considerada como um alimento de fácil digestão é recomendada a idosos, crianças pequenas e pessoas com debilidade física ou com restrições alimentares ao glúten (doença celíaca), o polvilho da araruta tem uma leveza inigualável. Por isso os biscoitos derretem na boca.
Nas receitas de produtos industrializados o polvilho de araruta tem sido substituído pelo polvilho da mandioca ou pela farinha de trigo ou milho. Porém, as donas de casa dos antigos cadernos preparavam suas quitandas, brevidades, mingaus e bolos, de araruta.
Crédito da foto: www.bibvirt.futuro.usp.br/
Em 1932, Noel Rosa, o maior compositor da Vila Isabel, e o letrista Orestes Barbosa fizeram o samba Araruta, que ficou inédito até 1983 , quando foi gravado pelo conjunto Coisas Nossas no disco: Noel Rosa inéditos e desconhecidos.
A letra do samba é esse:
Tu pedes
Mandando
"Faça o favor" a tua boca nunca diz.
Tu cedes
Negando
Com esses olhos que para mim são dois fuzis.
Sou mole,
Manhoso,
Teus impropérios retribuo com brandura
Pois água mole
Na pedra dura tanto bate até que fura!
Tu beijas
Mentindo
A tua boca beija e mente sem sentir.
Desejas
Sorrindo
Que o teu perdão humildemente eu vá pedir.
Não peço,
Espero
Ainda ver-te entre lágrimas bem mal.
Meu bem, escuta:
A araruta tem seu dia de mingau!
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