quarta-feira, 30 de junho de 2010





A cozinha é,
como a literatura,
uma outra maneira
de criar mundos imaginários.




Deu no http://twitter.com/tvcultura

quinta-feira, 24 de junho de 2010

um pouco de literatura


24 de junho é dia de São João, e tem festa junina por todo o Brasil, e até pelas terras ibéricas que foi por onde elas chegaram aqui: pular fogueira, quentão, pé de moleque, canjica, pipoca, brincar, arranjar namorado e até casar. Festa ancestral e ritualística, muito bem aproveitada popularmente, mas vou aqui contar outra história.
Há exatos 12 anos, era LUA NOVA e eu estava em Paris, em plena Copa do Mundo de Futebol. Conheci um moço que julguei especial. Eu estava com o coração livre, ele se colocou interessado, disponível. O Cupido atacou. E, não deu outra: me apaixonei.

Conversa vem, conversa vai, já faz tempo que não o vejo: muita água passou debaixo da ponte: virei a minha mesa, mudei de profissão, conheci muita gente, fiz vários amigos, publiquei dois livros (já quase três), viajei bastante, fiz um montão de coisas bacanas, inclusive esse blog, que foi sugestão do tal.
Então, estava eu procurando uma receita especial para deixar para esse moço e achei esse conto, de Ivana Arruda Leite, publicado no livro Falo de mulher. Ateliê, 2002 . Não é uma quitanda, mas vale para celebrar a data, as coisas, os feitos, as palavras e as decepções. Vixe! E foram muitas. Se pelo menos rende literatura, não posso reclamar. É lucro na certa! E o melhor é poder compartilhar.


"Receita para comer o homem amado:

Pegue o homem que a maltrata, estenda-o sobre a tábua de bife e comece a sová-lo pelas costas. Depois pique bem picadinho e jogue gordura quente. Acrescente os olhos e a cebola. Mexa devagar até tudo ficar dourado. A língua, cortada em minúsculos pedaços, deve ser colocada em seguida, assim como as mãos, os pés e o cheiro-verde. Quando o refogado exalar o odor dos que ardem no inferno, jogue água fervente até amolocer o coração. Empane o pinto no ovo e na farinha de rosca e sirva como aperitivo. Devore tudo com talher de prata, limpe a boca com guardanapo de linho e arrote com vontade, pra que isso não se repita nunca mais. "

E ponto final!

(a foto é do restaurante Chez Clémant -Porte de Versailles- em Paris, na época, toda decorada com balaios e mais balaios de cerejas in natura, uma maravilha. Por ali a gente passava todo dia, era o "caminho da roça". O tal moço dele estar, por essas horas, lá pelas terras de Mandela, já que segue na mesma lida)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Bolo de maracujá

... E sábado último, fui pra terrinha, porque é lá que eu tenho espaço e jeito de virar quitandeira: cozinha grande, janelas abertas, as tias todas por perto.
Ovos vindos das galinhas do quintal... Como o maracujá tá caindo pelas cercas resolvi fazer suco, quer dizer, separar a polpa para congelar e ter assim suco de maracujá o ano todo, mais prático na geladeira. E resolvi também fazer um bolo... Hummm... arranjei uma receita do bolo e fui experientar, já que não encontrei nenhuma nos cadernos da minha avó, nem dos das tias.


A receita é bem fácil, olha ai:


Bolo de maracujá


3 gemas
2 xícaras de açúcar
5 colheres (sopa) de manteiga ou margarina, (não muito cheia)
3/4 xícara de polpa de maracujá
2 xícaras de farinha de trigo

3 claras em neve
1 colher (sopa) fermento


Bater as gemas com o açúcar e a manteiga. Acrescentar a polpa (com as sementes) e misturar bem. Juntar a farinha de trigo e continuar mexendo. Adicionar as claras em neve e, por último, misturando levemente, o fermento. Colocar em um tabuleiro untado e enfarinhado e levar ao forno já aquecido.

Depois de assado o bolo, faça uma cobertura com calda de maracujá:
1 polpa de maracujá, batida com 4 colheres de açúcar. Colocar sobre o bolo
e levar ao forno novamente por mais uns 10 minutos para que as sementes fiquem crocantes.


E voilá! Meu primeiro bolo de maracujá
ficou meio despedaçado, bem molhadinho, mas de sabor, ficou divino!

Não deu nem muito tempo de preparar para a foto, logo chegaram as primas, a filharada, o marido, os tios.

... e quase não sobrou para o domingo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

o maracujá, a flor da paixão


Em francês, fleur de la passion; em italiano, fiore della passione; em inglês, passion flower.
Por aqui, ela é a flor de maracujá.

A palavra Maracujá é de origem tupi mara kuya, fruto que se serve ou alimento que vem na cuia é um fruto do género Passiflora da família Passifloraceae.


Nativo das zonas tropicais e subtropicais da América, o maracujazeiro é uma trepadeira com fruto comestível de grande valor nutricional.

No Brasil, maior produtor mundial de maracujá, foram encontradas pelo menos 150 espécies, cultivada principalmente sua flor ornamental com flores exóticas, de coloração roxa, a flor da paixão.

O maracujá tem muitas qualidades nutricionais e terapêuticas: rico em sais minerais (cálcio, fósforo e ferro) é fonte de carboidratos. Contém vitaminas A, C, e do complexo B.

O uso principal, está na alimentação humana, na forma de sucos, consumido como refresco ou ser empregado no preparo de pudins, doces, sorvetes, geléias, compotas, licores, e, claro, na famosa e tradicional batida de maracujá.

As propriedades medicinais também são muitas: as folhas e o suco contêm passiflorina, um sedativo natural e o chá preparado com as folhas tem efeito diurético. Tem propriedades depurativas, sedativas e anti-inflamatórias. As sementes atuam como vermífugos - agem como laxante suave, popular.

Suas folhas são usadas no combate às inflamações cutâneas, como sedativo e antiespasmódico. O maracujá azedo age como oxidante.

A novidade é que a casca do maracujá tem o poder de baixar as taxas de açúcar no sangue, sendo indicado para quem tem diabetes. Também a partir da casca, pode-se fazer uma farinha capaz de atuar como bloqueador de gordura, que ajuda na redução do peso. A substância responsável pelo poder emagrecedor é a pectina, encontrada em grande quantidade na parte branca da casca da fruta. A pectina
promove uma faxina no organismo, ajudando a eliminar as toxinas. Para facilitar a ação desintoxicante da pectina, é importante beber mais água, no mínimo 2 litros por dia.

Em Pirenópolis, cidade do interior do Goiás, durante a Semana Santa, é comum as pessoas utilizarem a casca do maracujá para fazer luminárias para as procissões, tradição dos séculos passados, quando ainda não existia energia elétrica.


Volto com mais paixão, em tempos de Copa do Mundo de Futebol.

domingo, 6 de junho de 2010

Cocada de maracujá

Outro dia, fui ao restaurante Xapuri, lugar onde se como uma das melhores comidas típicas mineiras na capital, com alguns amigos espanhóis e com um primo. Meu primo comentou que toda vez que seu irmão, que mora em Sampa, vem a Minas, tem que levar da cocada de maracujá do Xapuri para os colegas da empresa.


Como é um doce muito fácil e realmente bastante saboroso, segue para você a receita.



Cocada de maracujá

1 xícara de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
1 lata de leite condensado
1/2 xícara de suco de maracujá
100 g de coco ralado seco

Em uma panela, coloque o
açúcar, a polpa de maracujá e o coco ralado e misture bem. Leve ao fogo e mexa até secar. Acrescente o leite condensado e mexa até dar o ponto (nem mole nem muito duro). Coloque numa superfície fria, untada com manteiga e modele com a ajuda de uma colher.

Se quiser uma cocada preta, use açúcar mascavo em vez do branco. Dá um aspecto rústico à cocada.

Preciso dizer mais alguma coisa?